Estorinhas para Acordar Crianças & Canções para Ninar o Pensamento. (Espaço para expressar intuições inspiradas em toda a tradição mística e no livro Um Curso em Milagres)
sábado, 18 de fevereiro de 2012
Crianças na Areia.
De acordo com Um Curso em Milagres, o universo físico surgiu de uma louca e diminuta ideia que se fez na Mente do Filho de Deus. Mas, simultaneamente a esta ideia, surgiu a Correção do Espírito Santo, que revelou a absoluta incoerência de tal pensamento.
Interessante observar que a Correção não veio depois da ideia, mas veio junto com ela. Afinal, como o Espírito Santo corrigiria algo que um dia "foi" real? Realidade pressupõe eternidade, e a Correção é, portanto, a sabedoria de perceber que os efeitos de tal ideia não podem ser levados a sério.
Para entendermos como a Correção agiu imaginemos uma criança brincando na areia. Essa Criança é o Filho de Deus em sua perfeita liberdade. Justamente por ser livre quis imaginar uma paisagem diferente daquela praia de areias planas e suaves. Cavou um buraco na areia na intenção de conhecer o inverso de sua realidade. Mas a areia, por ser tão fina e suave não possibilita o surgimento do buraco, pois na medida em que as puras mãos da criança vão cavando é a própria areia que vai preenchendo a ação da mão. Dessa forma, a criança nunca consegue ver um buraco em si mesmo tamanha a fineza da areia.
Nós somos essa criança inocente que tentamos tornar o impossível real. O Espírito Santo é a Correção Instantânea, o Preenchimento. Assim, tudo neste mundo já foi corrigido - tudo está em perfeita ordem e o caos é uma falha de perspectiva. Ao olhar para o mundo eu só vejo o preenchimento do Espírito de Deus, acolhendo e ensinando amorosamente suas crianças que estão entretidas em um pensamento equivocado, em um sonho tolo. Todas as pessoas que passam pela minha frente me preenchem, pois foram enviadas pelo Espírito Santo. Eu vejo só o Amor em todos os lugares, pois o Amor já me resgatou. Eu sinto só a Gratidão, pois o sofrimento se mostrou ilusório e a salvação é o simples reconhecimento de que ela já veio!
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
A vã tentativa de nos redimir perante Deus segundo o Um Curso em Milagres
O pensamento nunca pára. Estamos sempre buscando o que fazer. Queremos consertar, sugerir, criticar, impor, alertar. Por quê? De acordo com o Um Curso em Milagres, em nosso inconsciente ficou guardada a culpa pela separação de Deus. Acreditamos na separação e nos culpamos por isso. No entanto, a separação é um erro ontológico, ou seja, é impossível. E foi justamente por termos acreditado que o impossível se fez possível que fizemos um mundo de limites, pois o inverso do Céu Ilimitado só poderia ser um universo limitado. Dessa forma, crer que essa é a nossa realidade é errar novamente, é acreditar que nosso erro inicial se concretizou, ou seja, que, de fato, nos separamos de Deus.
Como acreditamos nessa aparente separação e levamos o fardo pesado da culpa, nossos pensamentos e corpos não param, na tentativa de reparar um erro que, em verdade, não causou dano algum na Realidade nem em nossa essência.
Vivemos ansiosos, pois tememos o castigo de Deus, mas não sabemos disso, como diz a quinta lição do Livro de Exercícios: “Eu nunca estou transtornado pelos motivos que imagino”. Então, vivemos ansiosos, pois tentamos nos redimir num ritual grotesco de auto-sacrifício. Queremos mostrar a Deus o quanto somos santos. Mas essa “santidade” é completamente artificial, pois só o que Deus cria é natural. Deus já nos fez naturalmente perfeitos. É preciso muita humildade para reconhecer que já somos grandes! Além disso, todo o ritual grotesco oferecido a Deus não está baseado no amor a Deus, mas no amor à própria imagem fragmentada que necessita de destaque. No entanto, todo destaque exige que alguém brilhe menos, e é por isso que vemos inimigos por toda a parte – o outro se tornou um obstáculo entre meu Deus e eu, chegando ao ápice de um pensador dizer que “o inferno são os outros”.
Nosso conforto é saber que tudo isso é inútil, todas as tentativas são vãs, todos os esforços, desperdício de tempo. Pois Deus é Amor Perfeito e a Fonte Imutável de nossa linda essência também Imutável. Saber que nada aconteceu, que o Céu permanece Imaculado, nos livra da culpa ontológica, totalmente infundada. Sendo assim, o verdadeiro perdão anuncia a Vida num mundo de morte. Ninguém é capaz de ferir minha essência viva e eterna, por isso perdoo quem tentar. Perdoar é, portanto, não alimentar o ilusório ciclo interminável da culpa, o eliminando, primeiramente, de nossos corações, que, assim, se tornam espelhos sem manchas para reflectir a Pureza Original, espalhando naturalmente a Salvação num mundo doente. Levantando os mortos, curando os enfermos e fazendo com que os cegos de si mesmo passem a enxergar a Luz Perfeita que jorra de dentro deles!
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